Resenha: A Menina que Roubava Livros

Foto: Bruna Novaes
 Bom, antes de começar essa resenha, eu tentei bastante colocar minha emoção em palavras, não sei se eu vou conseguir mas vamos lá. Eu considero esse livro um clássico, não sei o porquê, mas ele é um clássico para mim.  O livro foi publicado em 2007 no Brasil, pela Intrínseca, foi escrito pelo autor Markus Zusak, quando lançou esse livro eu era muito nova mas ele sempre me chamou atenção e esse ano (FINALMENTE!) eu tive coragem de ler, devo dizer que o Markus é um poeta, esse livro me encantou bastante, me emocionou bastante, é um dos favoritos da minha estante já. O livro é narrado pela própria morte e acho que foi isso que mais me encantou (Principalmente as páginas finais), a morte se encontra com a protagonista três vezes, pois é, e nessas três vezes ela continuou viva (Entre os anos de 1939 e 1943). E aliás, é assim que o livro começa... Com a morte se apresentando. Para mim, escolher a morte como narradora foi uma ideia brilhante e o que fez o livro ser “único”

 O livro conta a história de Liesel Meminger, ela é filha de uma mãe comunista, e no inicio do livro, ela estava viajando de trem (Ela, a mãe comunista e seu irmão mais novo), eles estavam indo para Munique para os filhos serem entregues a uma família adotiva (Rosa e Hans Hubermann) em troca de uma mesada. Mas todos entregues ao cansaço da viagem e o frio, inclusive a própria mãe, ela vê seu irmão subitamente morrer, e então tiveram que parar a viagem para enterrar seu irmão (No meio do nada!), Liesel ainda atordoada com tudo que estava acontecendo ao seu redor, ela pega um livro que caiu do rapaz que estava enterrando o seu irmão “O manual do coveiro”, esse era sem dúvidas, seu primeiro roubo. Ela guarda aquele livro de capa preta, mesmo não sabendo ler e eles seguem viagem para Munique.


 Chegando lá, Liesel conhece sua nova família. Rosa, sua “nova” mãe adotiva, de linguagem agressiva e mau humorada, pavio curto, e conhece também Hans, seu “novo” pai adotivo, um pintor, de um coração enorme e generoso, e que tem uma grande habilidade de tocar acordeão, e também logo conhece Rudy, seu vizinho e novo amigo (Um dos meus personagens favoritos, aliás!). Mas diante de tantas coisas novas para se aprender ali no seu novo bairro, não estava sendo fácil para Liesel, tinha pesadelos todas as noites, atordoada ainda com a morte do seu irmão e pelo abandono da sua mãe pois ela simplesmente não entendia porque ter uma nova família. Com muito amor e carinho, Hans (Seu pai adotivo) começa a consola-la todas as madrugas, acorda-la de todos esses pesadelos, e ensina também Liesel a ler e escrever. “O manual do coveiro” é um de seus primeiro livros que ela teve companhia durante esse período difícil que foi a época da Alemanha Nazista, choque entre as culturas, ah, gerou bastante confusão, principalmente na cabeça das crianças. Personagens importantes também na trajetória de Liesel foi, a mulher do prefeito da cidade, que a leva para conhecer a biblioteca de sua casa onde Liesel passa bons tempos lendo livros emprestados de IIsa Hermann (A mulher do prefeito, tá?!). Um pouco depois, Liesel também passa a dividir o seu lar com outra pessoa, Max, um judeu cuja a família Hubermann acaba acolhendo, em segredo, em favor e virtude à uma grande amizade entre Hans (Pai de Liesel) e o pai de Max, aliás, ele foi muito importante para Liesel também sobre essa paixão dela com as palavras.


 Quando Liesel estava indo para Munique, ela não sabia, mas livros iriam ser sua saída e seu tal de “consolo para alma”, ela não sabia o que esperava em Munique, e ela também não imaginava que as palavras iriam ser seus maiores refúgios e que alguns furtos (nessa época difícil que ela vivia, essas guerras, coisas que ela não entendia) iriam dar sentido a vida dela, e ajuda-la a sair um pouco de toda aquela guerra, sabe? Tirar um pouco a cabeça dela de tudo aquilo. Porque deveria ser bastante difícil para uma criança estar no meio daquilo tudo, fingir que estava tudo bem quando o medo estava quase dominando-a, então sim, livros eram seus refúgios e palavras são bastante importantes.

 O livro todo é dividido em dez partes, cada uma delas, compostas por capítulos curtos com subdivisões, observações e notas da própria narradora que nos permite descobrir e saber mais e a leitura fluir mais leve. Não demorei muito para amar o livro, desde o começo o livro é cheio de reflexões e sendo narrado pela morte eu acho que ganhou mais pontos comigo, o livro tem doses de realidades e sentimentos que vão além de todas as guerras, Alemanha Nazista. Ele fala sobre a luta pela sobrevivência,  e um refugio de palavras (lidas ou escritas), esperança e até um pouco de arte. Então sim, esse é um dos meus livros preferidos e eu amei bastante ele, me fez pensar e repensar bastante sobre a minha vida, amar mais livros e palavras e seguir em frente assim como Liesel e claro, ter as palavras e livros como refugio. Eu super recomendo esse livro, acho que já deu para entender, ele é um livro grandioso e maravilhoso e eu acho que todos numa certa época da vida tem que ler e eu acho que a minha foi essa.



Quem aí já leu? E quem tá ansiosa(o) para ler? Eu amei e tá na cara que eu recomendo. Me emocionou bastante, aliás. Um livro que nem todas as palavras do mundo acho que descreveria minha alegria e emoção de estar compartilhando aqui com vocês! É lindo.

"Odeie as palavras e as amei, e espero tê-las usado direito." (A menina que roubava livros, Markus Zusak, página 459)


ISBN: 9788580574517
TÍTULO: A Menina que Roubava Livros.
AUTOR: Markus Zusak
EDITORA: Intrínseca 
ANO: 2007
PÁGINAS: 480

2 comentários:

  1. YEEA! Nova resenha, eu amei as suas palavras lindas sobre o livro, preciso ler ele (Graças a sua resenha que me fez ficar com muitaaa vontade de ler), eu amo livros, suas fotos são maravilhosas e perfeitas! Amei! Parabéns.

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    1. Que linda gente, que fofuraaaaaaaaaaaaaaaaaa! Muito obrigadaaaa, livros são vida <3
      Você que é maravilhosa com seu comentário maravilhoso. Muito obrigada, sério, de verdade. Eu que amei suas palavras!

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