Eu acordei, levantei, mesmo querendo passar amanhã na cama. Não estava nos meus melhores dias, talvez porque a dor de cabeça, sintoma da minha sinusite, esteja atacada. Mesmo assim, me arrumei, tomei meu café da manhã super rápido como o de costume e fui para o colégio.
Não consegui prestar atenção nas aulas, e parecia que quando mais eu me irritava com minha falta de atenção, o tempo lá fora ia nublando cada vez mais, talvez alguma coisa para me deixar feliz, já que não estava mais suportando o calor desse verão.
Dei graças quando ouvi o sinal tocar, lá fora estava batendo um vento gelado, nada que eu não conseguiria suportar. Sentei com as meninas em um dos bancos e fiquei observando, e é ai que me deparo com a cena mais fofa que vi na vida, partindo de um guri.
Na verdade não é qualquer guri, é o guri do quinto andar do prédio onde moro, e dele, eu espero qualquer coisa, até a mais fofa do mundo.
Estava ele, com seu suéter, em pé ao lado de uma guria que supostamente seja afim dele. Ele fala algo com ela e ela só gesticula que "sim" com a cabeça, logo ele tira o suéter e lhe entrega, ela veste e sorri, eles continuam conversando, imagino que seja coisas bobas, típicas de quem está apaixonado. Eles começam a brincar com as mãos, batendo uma na outra, em uma das vezes que ambas as mão se encontram, ele segura a mão dela, aperta e faz carinho, ela abre um sorriso enorme, imagino que após uns 7 segundos ele solta-se dela e eles voltam a conversar, acho que no momento que ele soltou-se, ela deve ter desejado que aquele momento se prolongasse para uma vida eterna, sempre juntos e de preferência, que ele seja sempre daquele jeito tímido, que seja o seu guri, que ama ler e colecionar coisas bizarras, enfim, que seja tudo o que ela sempre sonhou. Nesse momento o sinal tocou, eles se despediram-se e cada um seguiu para sua sala, e eu fiz o mesmo, só que dessa vez pensando se um dia alguma cena parecida com aquela irá acontecer comigo.
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